domingo, 10 de março de 2013

Namoro, casamento, amor livre


A sexualidade que cada criatura humana possui hoje, definindo-se como homem ou mulher, não foi colocada pronta e acabada em cada Espírito, tudo em nós em matéria de sexo fisiológico e psicológico, foi conquistado por evolução, não é uma opção de ultima hora. O corpo físico, este sim, pode alternar quando aprouver ao Espírito, mas sua personalidade sexual profunda, esse não se transforma de uma hora para outra, para melhor dizer de uma reencarnação para outra, só muito lentamente, dentro dos séculos, porque seus valores psíquicos transcendentais da subconsciência é que forma sua individualidade.

O casamento é a união permanente de um homem e de uma mulher, atraídos por interesses afetivos e vínculos sexuais profundos. Esta união não é uma invenção humana, mas sim, o resultado da Lei Divina, que nos criou para o regime de dependência recíproca. Nenhum sexo é superior ao outro, pois um só se realiza no outro. A união em casamento não está unindo somente dois corpos, duas estruturas de carne e ossos, mas em realidade, duas almas, como nos ensina a Gênese Bíblica: “Vós não sereis senão uma mesma carne”. É o Espírito que comanda o corpo e é nele que reside toda afetividade, toda a sensibilidade e estrutura psicológica, inclusive a sexualidade.

A Doutrina Espírita esclarece o problema do lar definindo responsabilidades superficiais do trabalho a fazer em que marido e mulher assumiram antes de reencarnar. Há caso em que dois Espíritos conscientes do compromisso de evolução e trazendo, portanto, necessidades e débitos e tocados pelo remorso, combinam encontro ou reencontro no casamento, sabendo que essa união é, sobretudo, forma de obrigações regenerativas. Porem, na veste física, deixam-se enganar pelas ilusões das convenções sociais humanas e pelos desejos do sexo, acabam contraindo a responsabilidade do casamento, quais sonâmbulos sorridentes, acreditando em felicidade de fantasia, como crianças que acreditam na solidez de seus pequeninos castelos de papelão. Surgem, no entanto, as realidades que sacodem a consciência. Marido e esposa reconhecem logo que não são os donos exclusivos dessa nova empresa: Sogro, sogra, cunhados e tutores consanguíneos são também sócios comanditários cobrando os juros do capital afetivo que emprestaram, e os filhos vão aparecendo, na condição de interessados no ajuste, reclamando quotas de sacrifício. 

O tempo que durante o noivado era de sonhos, agora é dividido entre deveres e pagamentos, previsões e apreensões, lutas e disciplinas e os cônjuges desprevenidos de conhecimento elevado começam a experimentar fadiga e desanimo no momento em que mais lhes torna necessária a confiança recíproca. Descobrem afinal que amar não é apenas fantasiar, mas acima de tudo construir. E construir pede não somente plano e esperança, mas também suor, e por vezes afeições e lágrimas…   – Não podemos auxiliar o mundo onde há tantos necessitados, quando, ainda não conseguimos ser úteis nem mesmo a uma casa pequena de 5 a 10 criaturas.


AMOR LIVRE – Muito fácil é, pois, a união pelos laços da carne, pois, basta-nos obedecer a forca poderosa da atração do instinto sexual que existe em todas as criaturas e que tem sido a causa do maior numero de casamentos em todas as épocas da humanidade. O amor livre constituindo as relações sexuais ditas irresponsáveis sempre teve presença na historia da humanidade com a diferença que na atualidade tomou proporções gigantescas, a ponto mesmo de ser aceito sem censura no seio familiar e social.
O amor livre é a relação sexual sem compromisso, sem vinculo jurídico e afetivo, tendo por única finalidade a satisfação dos desejos e instintos sexuais. Nesta ligação nem homem e nem mulher interessam-se pela formação de laços afetivos que possam garantir uma vida conjugal responsável e permanente. O romance perdurará enquanto houver paixão, se extinguido esses impulsos genésicos, surge daí a separação natural.
O amor livre foi expandido com a ciência e filosofia materialista que ensinam a buscar o máximo de prazer enquanto há vida, saúde e tempo, acreditando com isso encontrar a felicidade. Agora com Jesus e o Espiritismo precisamos aprender a desenvolver, cada vez mais, a Lei Divina, Lei do Amor em nosso coração, para que essas forças de amor venham fazer a fusão de luz entre as almas na união do casamento.


C.E. Seareiros de Jesus / por Adauto Reami  - Obras consultadas: Sexo e Evolução; Sol nas Almas; Waldo Vieira; pelo Espírito André Luiz

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