
O casamento é a união permanente de um homem e de uma
mulher, atraídos por interesses afetivos e vínculos sexuais profundos. Esta
união não é uma invenção humana, mas sim, o resultado da Lei Divina, que nos
criou para o regime de dependência recíproca. Nenhum sexo é superior ao outro,
pois um só se realiza no outro. A união em casamento não está unindo somente
dois corpos, duas estruturas de carne e ossos, mas em realidade, duas almas,
como nos ensina a Gênese Bíblica: “Vós não sereis senão uma mesma carne”. É o
Espírito que comanda o corpo e é nele que reside toda afetividade, toda a
sensibilidade e estrutura psicológica, inclusive a sexualidade.
A Doutrina Espírita esclarece o problema do lar definindo
responsabilidades superficiais do trabalho a fazer em que marido e mulher
assumiram antes de reencarnar. Há caso em que dois Espíritos conscientes do
compromisso de evolução e trazendo, portanto, necessidades e débitos e tocados
pelo remorso, combinam encontro ou reencontro no casamento, sabendo que essa
união é, sobretudo, forma de obrigações regenerativas. Porem, na veste física,
deixam-se enganar pelas ilusões das convenções sociais humanas e pelos desejos
do sexo, acabam contraindo a responsabilidade do casamento, quais sonâmbulos
sorridentes, acreditando em felicidade de fantasia, como crianças que acreditam
na solidez de seus pequeninos castelos de papelão. Surgem, no entanto, as
realidades que sacodem a consciência. Marido e esposa reconhecem logo que não
são os donos exclusivos dessa nova empresa: Sogro, sogra, cunhados e tutores consanguíneos são também sócios comanditários cobrando os juros do capital
afetivo que emprestaram, e os filhos vão aparecendo, na condição de
interessados no ajuste, reclamando quotas de sacrifício.
O tempo que durante o
noivado era de sonhos, agora é dividido entre deveres e pagamentos, previsões e
apreensões, lutas e disciplinas e os cônjuges desprevenidos de conhecimento
elevado começam a experimentar fadiga e desanimo no momento em que mais lhes
torna necessária a confiança recíproca. Descobrem afinal que amar não é apenas
fantasiar, mas acima de tudo construir. E construir pede não somente plano e
esperança, mas também suor, e por vezes afeições e lágrimas… – Não
podemos auxiliar o mundo onde há tantos necessitados, quando, ainda não conseguimos
ser úteis nem mesmo a uma casa pequena de 5 a 10 criaturas.
AMOR LIVRE – Muito fácil é, pois, a união pelos laços da
carne, pois, basta-nos obedecer a forca poderosa da atração do instinto sexual
que existe em todas as criaturas e que tem sido a causa do maior numero de
casamentos em todas as épocas da humanidade. O amor livre constituindo as
relações sexuais ditas irresponsáveis sempre teve presença na historia da
humanidade com a diferença que na atualidade tomou proporções gigantescas, a ponto
mesmo de ser aceito sem censura no seio familiar e social.
O amor livre é a relação sexual sem compromisso, sem vinculo
jurídico e afetivo, tendo por única finalidade a satisfação dos desejos e
instintos sexuais. Nesta ligação nem homem e nem mulher interessam-se pela
formação de laços afetivos que possam garantir uma vida conjugal responsável e
permanente. O romance perdurará enquanto houver paixão, se extinguido esses
impulsos genésicos, surge daí a separação natural.

C.E. Seareiros de Jesus / por Adauto Reami - Obras consultadas: Sexo e Evolução; Sol nas
Almas; Waldo Vieira; pelo Espírito André Luiz
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