O Perfume
O Chico
era muito estimado por todos em Pedro Leopoldo. Todos lhe queriam bem, homens,
mulheres e crianças.
Certo
dia um grupo de senhoras comentava a solteirice do Chico, quando ele passava. E
uma delas: – Falávamos coisas boas de você, Chico. Que você deveria casar-se,
ter uma companheira, um lar seu, viver assim diretamente para alguém…
-
Agradeço-lhes muito, mas, minhas irmãs, cada um tem a missão que pediu.
Abraçou-as
satisfeito e partiu.
E foi
pensando no que lhe disseram as caras irmãs.
À
noite, a sós, no seu quarto, veio-lhe à lembrança, de novo, aquele assunto de
casamento.
Entrando
em colóquio com a sua consciência, entendeu que era de fato, muito infeliz.
Então escreveu uma carta ao seu grande amigo Manoel Quintão e nela exteriorizou
seu estado de alma combalido.
Era
ele, terminava, como uma árvore seca, de galhos mirrados, sem ninhos, sem
flores, sem frutos. E dormiu!
Sonhara
um lindo sonho. Alguém, com quem conversava, certamente inspirado pelo seu
querido Guia, explicava-lhe: – Chico, você sabe bem entender a lição do perfume
no vaso. Enquanto aí está, apenas beneficia o vidro que o prende. Fora do
vidro, perfuma a tudo e a todos. Você, Chico, procure viver não apenas para uma
pessoa, mas sim para muitos. E na Tarefa, com Jesus, você não se pertencerá
porque estará a serviço dEle. Lembre-se de que o perfume do Evangelho pertence
a todos.
E Chico
acordou mais alegre. Ficou satisfeito com a sua tarefa; apenas não pode
acreditar que seja perfume…
Extraído
do livro Lindos Casos de Chico Xavier, de Ramiro Gama
O Poder de Cura de Chico Xavier
Quando
tinha a idade entre 10 e 12 anos, meu nariz sangrava sem motivo algum durante a
noite. Meus pais me levaram em médicos e exames foram realizados, porém
nada foi constatado de anormal. Minha mãe ficou sabendo na época que
Chico Xavier prescrevia medicamentos através de cartas que deveriam ser
escritas de próprio punho pela pessoa que tivesse qualquer tipo de
problema de saúde.
Assim o
fiz, escrevendo apenas, com minha letrinha infantil, meu nome completo, data de
nascimento e idade. NADA MAIS.
Enviei
pelo Correio com outro envelope já endereçado e selado para resposta. Em menos
de 15 dias, recebi uma carta, uma espécie de receita médica, prescrevendo
um medicamento (não lembro agora o nome) e uma vitamina. Fomos à farmácia
e lemos a bula. BINGO! Era exatamente o que eu precisava: algo que tinha
a ver com o tal sangramento, com problema de coagulação.
Perdoem-me
por não lembrar de todos os detalhes. Eu era criança e isso já faz mais de 20
anos.
Só me
lembro que fiquei realmente impressionada por não ter escrito NADA sobre o
problema que tinha e não ter estado na presença dele para receber esta
cura.
Sou
muito grata a Chico Xavier e a todos que trabalharam com ele e faziam ser
possível atender a tantas pessoas, de formas diversas, por tanto tempo.
Mesmo doente, fraco, ainda assim se doava aos outros cumprindo sua missão
nesta vida.
História
contada por Daniela Assunção
A Lição da Súplica
Certa noite, o Chico alquebrado pelos obstáculos, orava, antes do sono, rogando a Jesus múltiplas medidas e soluções para os problemas que o apoquentavam. Mais de quarenta minutos já havia empregado no petitório, quando lhe surgiu Dona Maria João de Deus que lhe falou bondosa:
- Meu filho, faça suas orações, porque sem a prece não conseguimos a renovação de nossas forças espirituais, entretanto, não será por muito falar que você será atendido…
- Então, como devo fazer em minhas súplicas? – perguntou o médium desapontado.
- Você sabe que Jesus também pede alguma coisa de nós… – disse o espírito maternal.
- Sim, Nosso Senhor recomenda-nos humildade, paciência, fé, bom ânimo, caridade e amor ao próximo no cumprimento de nossos deveres.
- Pois façamos o que Jesus nos pede e Jesus fará por nós o que necessitamos. Está certo?
E o Chico recebendo a lição apreendeu que orar não é falar e mover os lábios, indefinidamente.
Publicado no site espírita “Gotas de Luz”, do Instituto André Luiz
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Histórias coletas do Centro Espírita Seareiros de Jesus
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