– tempo de silêncio e
de oração.
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Esclarecer, analisar, observar, anotar, mas toda vez que o
azedume apareça, mesmo de longe, deixar a conversação ou o entendimento para
depois.
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Discutir, no sentido de questionar ou contentar, é o mesmo
que atirar querosene à fogueira.
Sempre que nos adentramos na irritação, a tomada de nosso
pensamento se liga, de imediato, para as áreas da perturbação ou da sombra.
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Então, a palavra se nos debita na conta do arrependimento,
porque facilmente exageramos impressões, esposamos falsos julgamentos,
provocamos reações negativas ou magoamos alguém sem querer.
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E o pior de tudo isso é que as rupturas nas relações
harmoniosas do lar ou do grupo fraterno principiam de bagatelas semelhantes às
brechas diminutas pelas quais se esbarrondam vigorosas represas, criando as
calamidades da inundação.
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Saibamos tolerar os dissabores e contratempos da vida,
arredando-os do cotidiano, como quem alimpa um campo minado.
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Aceitemos a reclamação alheia, paguemos o prejuízo que nos
seja possível resgatar sem maior sacrifício e esqueçamos a frase impensada ou o
gesto de desconsideração tantas vezes involuntários com que nos hajam ferido.
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Nunca valorizar ocorrências desagradáveis ou futilidades que
pretendam tisnar-nos o otimismo.
Há quem diga que da discussão nasce a luz.
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É provável seja ela, em muitos casos, um fator de
discernimento, quando manejada por espíritos de elevada compreensão;
no entanto, em muitos outros, nada mais faz que apoiar a
discórdia e apagar a luz.

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