Um dia, perguntei ao Dr. Bezerra de Menezes, qual foi a sua maior felicidade quando chegou ao plano espiritual.
- A minha maior felicidade, meu filho, foi quando Celina, a
mensageira de Maria Santíssima, se aproximou do leito em que eu ainda estava
dormindo, e, tocando-me, falou, suavemente:
- Bezerra, acorde, Bezerra!
Abri os olhos e vi-a, bela e radiosa.
- Minha filha, é você, Celina?!
- Sim, sou eu, meu amigo.
A Mãe de Jesus pediu-me que lhe dissesse que você já se
encontra na Vida Maior, havendo atravessado a porta da imortalidade.
Agora, Bezerra, desperte feliz.
Chegaram os meus familiares, os companheiros queridos das
hostes espíritas que me vinham saudar.
Mas, eu ouvia um murmúrio, que me parecia vir de fora.
Então, Celina, me disse:
- Venha ver, Bezerra.
Ajudando-me a erguer-me do leito, amparou-me até uma sacada,
e eu vi, meu filho, uma multidão que me acenava, com ternura e lágrimas nos
olhos.
- Quem são, Celina? - perguntei-lhe - não conheço a ninguém.
Quem são?
- São aqueles a quem você consolou, sem nunca perguntar-lhes
o nome. São aqueles Espíritos atormentados, que chegaram ás sessões mediúnicas
e a sua palavra caiu sobre eles como um bálsamo numa ferida em chaga viva; são
os esquecidos da terra, os destroçados do mundo, a quem você estimulou e guiou.
São eles, que o vêm saudar no pórtico da eternidade...
E o Dr.. Bezerra concluiu:
- A felicidade sem lindes existe, meu filho, como
decorrência do bem que fazemos, das lágrimas que enxugamos, das palavras que
semeamos no caminho, para atapetar a senda que um dia percorreremos.
(Extraído do Livro "O Semeador de Estrelas")
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