"A árvore que produz maus frutos não é boa e a árvore que produz bons
frutos não é má, porque se conhece a árvore pelos seus próprios frutos. Não
se colhem figos dos espinheiros e não se cortam cachos de uva dos abrolhos. O
homem de bem retira boas coisas do bom tesouro do seu coração, porque a boca
fala daquilo que está cheio o seu
coração". Jesus (Lucas, cap. VI
43-45)
Meimei - Introdução
Homenageada por tantas casas Espíritas, que adotam o seu nome; autora de
vários livros psicografados por Chico Xavier, entre eles : "Pai
Nosso", "Amizade", "Palavras do Coração", "Cartilha do bem ",
"Evangelho em Casa", "Deus Aguarda", "Mãe" etc...e, no entanto, tão pouco conhecida pelos
testemunhos que teve de dar quando em vida,Irma de Castro -
seu nome de batismo -foi um exemplo de resignação ante a dor, que lhe ceifou
todos os prazeres que a vida poderia permitir a uma jovem cheia de sonhos e
de esperanças. Nascida em 22 de outubro de 1922, na cidade de Mateus Leme,
MG, transferiu residencia para Belo Horizonte em 1934, onde conheceu Arnaldo
Rocha, com quem se casou aos 22 anos de idade, tornando-se então, Irma de
Castro Rocha. O casamento durou apenas dois anos, pois veio a falecer com 24
anos de idade, por complicações generalizadas devidas a uma nefrite crônica.
A Origem da Doença
Durante toda a infância Meimei teve problemas em suas amígdalas. Tinha sua
região glútea toda marcada por injeções. Logo após o casamento, voltou a
apresentar o quadro, tendo que se submeter a uma cirurgia para extração
dessas glândulas. Infelizmente, após a operação, um pequeno pedaço permaneceu
em seu corpo, dando origem a todo o drama que viria a ter que enfrentar, pois
o quadro complicou-se com perturbações renais que culminaram com hipertensão
arterial e craniana.
O
Sofrimento
Devido à hipertensão,passou a apresentar complicações oculares, perdendo
progressivamente a visão e tendo que ficar dia e noite em um quarto escuro,
sendo que nos dois últimos dias de vida já estava completamente cega. Durante
os últimos dias de vida, o sofrimento aumentou. Tinha de fazer exames de
urina, sangue e punções na medula, semanalmente. Segundo Arnaldo Rocha, seu
marido, Meimei viveu esse período com muita resignação, humildade e
paciência.
A
Desencarnação
Os momentos finais foram muito dolorosos. Seus pulmões não resistiram,
apresentando um processo de Edema Agudo, fazendo com que ela emitisse sangue
pela boca. Seus últimos trinta minutos de vida foram de desespero e aflição.
Mas, no final deste quadro, com o encerramento da vida física, seu corpo
voltou a apresentar a expressão de calma que sempre a caracterizou. Meimei
foi enterrada no cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte.
Surge Chico Xavier
Aproximadamente cinquenta dias após a desencarnação da esposa, Arnaldo Rocha,
profundamente abatido, acompanhado de seu irmão Orlando, que era espírita,
descia a Av. Santos Dumont, em Belo Horizonte, quando avistou o médium Chico
Xavier. Arnaldo não era espírita e nunca privara da companhia do médium até
aquele momento. Quase dez anos atras haviam-no apresentado a ele, muito rapidamente.
Ele devia ter pouco mais de doze anos. O que aconteceu ali, naquele momento,
mudou completamente sua vida.
E é ele mesmo quem narra o ocorrido : "Chico olhou-me e disse :
"Ora gente, é o nosso Arnaldo, está triste, magro, cheio de saudades da
querida Meimei"... Afagando-me , com a ternura que lhe é própria, foi-me
dizendo : "Deixe-me ver, meu filho, o retrato de nossa Meimei que você
guarda na carteira." E , dessa forma, após olhar a foto que Arnaldo lhe
apresentara, Chico lhe disse : - Nossa querida princesa Meimei quer muito lhe
falar ! " E, naquela noite, em uma reunião realizada em casa de amigos
espíritas de Belo Horizonte, Meimei deixou sua primeira mensagem
psicografada. E, com o passar dos anos, Chico foi revelando aos amigos mais
chegados que Meimei era a mesma Blandina, citada por André Luiz na obra
"Entre a Terra e o Céu" (capítulos 9 e 10), que morava na cidade
espiritual "Nosso Lar"; disse, também, que ela é a mesma Blandina,
filha de Taciano e Helena, que Emmanuel descreve no romance "Ave
Cristo", e que viveu no terceiro século depois de Jesus. Enfim, para
concluir, resta apenas dizer que "Meimei" era um apelido carinhoso
que o casal Arnando-Irma passou a usar, após a leitura de um conto chamado
"Um Momento em Pequim", de autor americano. Ambos passaram a se
tratar dessa forma : "Meu Meimei ".E
, segundo Arnaldo, Chico não poderia saber disso.
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Aprendamos com Jesus
Pela ressurreição, a cruz é abençoado
martírio.
Pela paz sublime da morte,
as angústias da existência carnal são olvidadas.
Pelo ouro que transportam,
as pedras se fazem preciosas.
Pela restituição da saúde,
as chagas inspiram respeito.
Pelas flores, os acúleos,
ainda que pontiagudos e venenosos, devem ser perdoados.
Pela dor, santificaremos o
amor.
Pela renúncia,
realizaremos a verdadeira conquista.
Há problemas e posições
que não se modificam facilmente quando não sabemos ceder.
Aprendamos com o Cristo,
que se confiou ao madeiro do extremo sacrifício como quem tudo perdia para
finalmente tudo possuir na senda dos séculos. NEle, o nosso Mestre e Senhor,
temos a diretriz, o conselho e o ensinamento.
pelo
Espírito Meimei - Do livro: Cartas do Coração, Médium: Francisco Cândido
Xavier
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